Cefaleia
Palavras-chave:
Medicina, Neurologia, Cefaleia, Migrânea, Diagnóstico, TratamentoSinopse
Como uma iniciativa da Diretoria da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe) e dos editores da Headache Medicine decidimos criar uma série intitulada “Cefaleia”, cujo primeiro livro é lançado durante o XXXVI Congresso Brasileiro de Cefaleia, em Santos, São Paulo.
Completando um ano à frente da atual Diretoria da SBCe, no triênio 2021-2024, com Marcelo Moraes Valença, presidente; Elder Machado Sarmento, tesoureiro; e Eliana Melhado, secretária, lançamos este livro com a colaboração autoral dos membros da SBCe. São abordados nos 34 capítulos os mais diversos aspectos sobre os inúmeros tipos e subtipos de cefaleia, na criança e no adulto, desde o diagnóstico e seus critérios, à prevenção, bem como a utilização de tratamentos com novos fármacos ou alternativas não farmacológicas, até a realização de procedimentos cirúrgico e anestésico. São revisadas doenças em que a cefaleia é o principal sintoma, algumas delas comuns na prática médica como a migrânea, e outros tipos de cefaleia não usuais, e.g., cefaleia hípnica, associada com epilepsia, em pacientes neuro-oncológicos, HaNDL, SUNCT, entre outros.
Lembramos que a SBCe foi fundada em 1978, e hoje está consolidada, com participação ativa em outras sociedades internacionais da área, como a International Headache Society e a American Headache Society. A SBCe tem cumprido com sucesso, nas últimas décadas, os objetivos da educação continuada e apoio à pesquisa, em parte pelas ações executadas por sua revista científica Headache Medicine (eISSN 2763-6178), hoje com circulação internacional.
No início de 2022, a SBCe contava com 351 membros ativos de diversas categorias profissionais, interessados em estudar, diagnosticar e tratar as cefaleias. Muitos membros da SBCe também estão se dedicando à pesquisa clínica e experimental no laboratório para se melhor compreender a fisiopatologia das cefaleias, em particular a migrânea, e entender mais claramente ações de fármacos e intervenções cirúrgicas usadas no tratamento dos mais de 200 tipos e subtipos de cefaleia. Nesse contexto, são muitos os artigos publicados por brasileiros cefaliatras em revistas de elevado valor científico. A formação continuada é uma meta imperativa da SBCe, criando cursos e diversos outros eventos com médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e demais profissionais envolvidos no tratamento de pacientes com dores de cabeça.
Este livro intitulado “Cefaleia” tem como objetivo possibilitar aos membros da SBCe e seus respectivos grupos de pesquisa a publicação de artigos científicos em forma de capítulo de livro, escritos na língua portuguesa. Todos os membros adimplentes da SBCe receberam o convite para enviar um capítulo sobre cefaleia, no tema da sua escolha, conforme o respectivo conhecimento na área e motivação para a escrita. Recebemos 34 manuscritos que foram todos aceitos, revisados e adaptados ao estilo usado na Headache Medicine, com exceção do idioma. Obedecemos ao princípio da inclusão e do valor democrático, e acreditamos que a comunicação científica é pra todos, desde que seguindo o respeito mútuo e a ética.
Vamos ler, neste livro, artigos com grande valor prático e científico, escritos por cefaliatras brasileiros com inserção internacional, já consagrados por sua contribuição em periódicos de elevado impacto científico. Para os iniciantes na escrita científica estamos criando mais uma oportunidade de mostrar o seu potencial da informação científica, colocando nesse livro toda sua experiência em determinado assunto relacionado com a cefaleia.
Destacamos aqui que o conteúdo de cada capítulo é de total e exclusiva responsabilidade dos autores e co-autores. Somos uma sociedade multidisciplinar, com membros de nove categorias profissionais, entre eles 283 médicos, 32 dentistas e 16 fisioterapeutas. Assim, são esperadas abordagens diversas nas condutas entre os autores, mesmo entre os de mesma categoria profissional, e.g., neurologistas cefaliatras. Demonstrando que há diferentes formas, todas corretas, de se tratar um paciente com cefaleia. Entendemos que a eficácia do fármaco ou manejo não farmacológico depende muito do ritual usado pelo médico ou profissional da saúde ao prescrever a estratégia de tratamento, conversando com seu paciente, convencendo que ele ou ela vai melhorar da sua dor, sendo muitas vezes difícil distinguir entre o efeito placebo e a atuação real da terapia no paciente que melhora com o tratamento.
Esperamos que este livro seja o primeiro de uma longa coleção, que se perpetue por décadas, e se torne uma obra de referência sobre o conhecimento e atualização em cefaleia. Beneficiando quem se dedica à educação continuada, como também àqueles que buscam o conhecimento nessa doença tão frequente e incapacitante entre nós, a cefaleia.
Capítulos
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Funções executivas e resiliência em crianças e adolescentes com migrânea
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Método mnemônico em português para critérios de alarme da cefaleia na emergência
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Cefaleia hípnica: diagnóstico e tratamento
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Imunopatogênese da migrânea
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Cefaleia na mulher
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Migrânea menstrual
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Cefaleia por uso excessivo de medicamentos: manejo no mundo real
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Cefaleia secundária a uso excessivo de analgésicos
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Cefaleia atribuída à doença cerebrovascular isquêmica
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Cephalalgia heterotópica
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Hipertensão intracraniana idiopática
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Hipotensão liquórica espontânea
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Bloqueio de nervos cranianos no tratamento da cefaleia
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Síndrome da cefaleia e déficits neurológicos transitórios com linfocitose do líquido cefalorraquidiano (HaNDL)
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Cefaleias em neuro-oncologia
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Tratamento da cefaleia no Sistema Único de Saúde (SUS)
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SUNCT/SUNA
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Cefaleias e epilepsia
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Enxaqueca e mudança do estilo de vida
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O uso de nutracêuticos para o tratamento da migrânea
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Os principais recursos não medicamentosos no tratamento de cefaleias
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Cefaleia por pressão externa: uma entidade frequente e menos reconhecida
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Funcionalidade, incapacidade e saúde de pacientes com cefaleia: uma abordagem biopsicossocial
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Enxaqueca e a atuação do fisioterapeuta no tratamento da cervicalgia
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Cefaleia de esforço e exercício físico: identificação e gerenciamento
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Abordagens não farmacológicas para a enxaqueca
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Contribuições da psicologia no tratamento da migrânea
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Cefaleia em pacientes com hipermobilidade articular
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Dor miofascial na região orofacial e cefaleias primárias
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Qual a eficácia das placas oclusais no controle das disfunções temporomandibulares a longo prazo?
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Ensino das cefaleias e algias cranianas na graduação
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Novas drogas no tratamento agudo e profilático da enxaqueca
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Frequência de cefaleia entre 71.267 atendimentos em uma grande emergência médica na cidade do Recife em período pandêmico da Covid-19
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Cefaliatria no Brasil: um breve histórico
